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A hipertensão também afeta crianças menores de 10 anos

Apesar do que se acredita, a doença não é exclusiva às pessoas com mais idade. De acordo com o novo guia da Associação Americana de Pediatras, os médicos devem necessariamente medir a tensão arterial nas crianças.


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Imagem de Ewa Urban por Pixabay

Embora seja uma doença relacionada ao idoso, a tensão alta é uma doença que também pode afetar crianças entre 0 e 10 anos. Condição agravada pela falta de diagnóstico oportuno durante o controlo da criança saudável e pelas trocas de consultas pediátricas.

Carlos Roberto Soares, médico consultor da ZARLLOR magazine, comentou que a American Pediatrician Association lançou um novo guia sobre controlo da tensão arterial em crianças. “Até 5% das crianças têm pressão alta e 75% das vezes não é feito um bom diagnóstico, porque o pediatra simplesmente não mede a tensão arterial da criança”, comentou.

O novo manual de procedimentos estabelece que a pressão arterial deve ser medida, para que as crianças não tenham histórico clínico de hipertensão. “Os pediatras precisam medir a tensão arterial de todas as crianças, como fazem nos adultos e se a criança tiver níveis elevados de pressão arterial, mais de 120 sistólica e mais de 80 para diastólica, eles devem considerar o caso e tratar ”, ele explica.

Entre os principais fatores de risco nas crianças estão obesidade, maus hábitos alimentares e sedentarismo, este último relacionado ao tempo que as crianças passam a realizar atividades como assistir televisão por mais de duas horas por dia. As suas complicações afetam vários órgãos vitais.

“A pressão arterial pode causar complicações graves no nível do cérebro, coração, olhos e rins”, disse o médico.

Um estudo conjunto das universidades de Zaragoza e São Paulo estabelece uma relação entre estilo de vida sedentário e risco de hipertensão em crianças, aumentando as chances de desenvolvê-lo em 30%.

“Nos últimos 30 ou 40 anos, com o enorme ganho de peso que ocorreu em todo o mundo, o número de crianças com pressão arterial está a aumentar. Então, acho que tudo o que tem a ver com a luta contra a obesidade, o excesso de peso nas crianças é bem-vindo ”, comentou o profissional.

O combate à hipertensão infantil envolve não apenas tratamento não medicamentoso, mas também redução de peso, dieta e exercício. O controlo da tensão alta evita complicações que podem ser vistas durante o final da idade adulta.

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Especialistas defendem soneca, mas sem exagerar

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Foto de EKATERINA BOLOVTSOVA por pexels.

Toda noite é recomendado dormir entre 7 e 8 horas,  no mínimo. Se dormimos menos, é fácil sentir os efeitos no dia seguinte: cansaço, irritabilidade, mau humor, dificuldade de concentração e o aumento da fome. Mas para recuperar o sono perdido, uma soneca da tarde pode ser útil? A soneca “também pode ser eficaz, principalmente à tarde. É bom, no entanto, que não seja um hábito, mas que nos seja dado em momentos de necessidade”.

A neurologista Carmen Lopes Alves, recomenda que para ser realmente refrescante, a soneca deve durar de meia hora a no máximo uma hora, para alcançar a fase Rem e, assim, permitir a recuperação de energias.

É necessário distinguir entre aqueles que estão em dívidas temporárias do sono, porque talvez eles tenham passado uma noite acordados ou dormido pouco ou mal e aqueles que experimentam uma privação de energia – sono crónico – sublinha a especialista.

Nesse sentido, um estudo do Boston Medical Center, comparou alguns indivíduos que estavam acordados por 24 horas seguidas com outros que dormiam cerca de cinco horas por noite durante três semanas e, portanto, pouco. Aqueles que estavam acordados por 24 horas recuperaram-se com um sono de dez horas; no restante, a recuperação foi muito mais difícil. “Daqui resulta que quanto mais crónica a dívida do sono, mais difícil é a recuperação.

“O descanso noturno – acrescenta Alves – deve durar de 7 a 8 horas. Dormir menos, mas também dormir mais, tem efeitos negativos no bem-estar e na saúde”, sublinha. Não só isso: descansar bem ajuda a memória, concentração e atenção. Também reduz o colesterol e o risco de doenças cerebrovasculares, de fato, a leptina segue o ritmo circadiano, aumenta durante a noite, dando uma sensação de saciedade e evita a ocorrência de ataques noturnos de fome.

É por isso que dormir bem contrasta a diabetes, enquanto dorme pouco, lembre-se aumenta a hormona do stress, o colesterol e os açúcares e facilita o desenvolvimento da resistência à insulina.

E o ‘sono de beleza’? Dormir o suficiente à noite também é bom para a pele: a hormona cortisol torna-a mais elástica, atuando sobre o colagénio e a elastina.

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Menopausa aumenta o risco de doença cardiovascular

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Foto de Ron Lach por pexels

Foi descoberta uma correlação entre menopausa e risco de doença cardiovascular: a chegada precoce comparada à menopausa média aumentaria o risco. A menopausa afeta o coração.

Experimentá-la antes dos 50 anos pode de fato aumentar o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Um estudo sugere isso, publicado em ‘Lancet: Public Health’.

Os pesquisadores descobriram que as mulheres que atingiram a menopausa dos 40 a 44 anos também tinham 40% mais chances de ter um problema cardiovascular não fatal – angina, ataque cardíaco ou derrame – antes dos 60 anos, em comparação com aquelas que atingiram a menopausa aos 50 ou 51 anos.

Entrar na menopausa entre 45 e 49 anos corresponde a um aumento de 17% no risco. Os resultados são baseados numa análise de dados de 15 estudos, que envolveram 301.438 mulheres dos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Japão e Escandinávia. A menopausa é uma parte normal do envelhecimento e, em média, ocorre aos 51 anos de idade.

O estudo não estabeleceu por que os problemas cardiovasculares eram mais prevalentes entre as mulheres que entraram nesta fase da vida antes dos 50 anos, mas os pesquisadores relatam que a queda nos níveis de estrogénio que acompanha a menopausa pode desempenhar um papel.

Então, como proteger o coração durante a menopausa? Especialistas sugerem que as mulheres nesta fase da vida concentrem-se no que pode ser controlado, como fatores de risco cardiovasculares bem conhecidos.

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