É a época do ano em que as pessoas ficam mais doentes: a culpa pelas primeiras constipações e a gripe sazonal. Com a imunonutrição, também pode combatê-la à mesa e evitar resfriados, tosses, dores de cabeça, dores nas articulações, exaustão e estados febris.
Imunonutrição: o que é
A imunonutrição é o ramo da medicina, que estuda a relação direta entre alimentos e modulação da resposta imune. Alguns nutrientes contidos nos alimentos que traz para a mesa realizam uma ação estimulante e protetora do sistema imunológico, permitindo que aumente as suas defesas contra ataques externos.
Como proteger-se da gripe
Evitar completamente a gripe é impossível, mas é possível limitar o risco de contágio. Primeiro de tudo, precisa respeitar as regras básicas de higiene, como lavar as mãos com frequência, principalmente se frequenta lugares muito movimentados.
Então, tente encontrar algum tempo para cuidar de si mesmo, praticar desportos, cultivar um hobby ou apenas relaxar. De fato, sabe-se que o stress psicofísico inibe a capacidade do seu corpo de responder adequadamente, a uma dor de garganta ou resfriado, tornando-o imunossuprimido.
Alimentos e sistema imunológico
De fato, o que come pode nutrir e fortalecer o seu sistema imunológico, tornando-o menos vulnerável aos vírus da gripe. Há uma série de alimentos que executam uma ação imunomoduladora e anti-inflamatória, isto é, capazes de garantir um funcionamento adequado dos sistemas de defesa e proteção do seu corpo.
Pedimos à Dra. Marta Lampe, gastroenterologista e nutricionista, que nos explicasse em que consiste a imunonutrição e em quais alimentos podemos encontrar os ingredientes ativos que podem fortalecer o sistema imunológico.
As origens da imunonutrição
Inicialmente, procurámos alimentos e nutrientes que estimulavam o sistema imunológico durante o pós-operatório. Então, dada a validade de um suporte nutricional adequado para estimular as defesas imunológicas, os médicos criaram dietas enriquecidas com nutrientes com ação imunomoduladora e anti-inflamatória.
Imunonutrição: alimentos com propriedades curativas
São alimentos ricos em arginina, ácidos gordos e ómega-3. Entre os alimentos particularmente ricos em ómega-3, encontramos peixes azuis, portanto:
- arenque
- cavala
- sardinhas
- atum
- salmão
Além disso, o zinco, sendo um componente essencial de muitas enzimas, é essencial para o bom funcionamento do sistema imunológico e é encontrado principalmente na carne. Também é encontrado em peixes – especialmente polvos – e no leite e nos seus derivados.
Os aminoácidos avaliados na imunonutrição são glutamina e arginina. Essas duas substâncias representam um substrato energético essencial para os enterócitos e estimulam a atividade do aparelho linfóide intestinal. A arginina é encontrada principalmente na carne, enquanto a glutamina é encontrada principalmente no leite e queijos.
Imunonutrição: resveratol e vitamina C para combater a gripe
O resveratrol é uma molécula que pode ser encontrada:
- pele de uva
- pinhões
- bagas
- castanha de caju
- pele do amendoim.
Além disso, possui propriedades valiosas:
- anti-inflamatória
- anti-tumoral
- protege o corpo contra doenças cardiovasculares.
Como a vitamina C, possui propriedades antivirais, como antioxidante. Por falar em alimentos ricos em vitamina C, lembramos kiwis, frutas cítricas e vegetais de folhas verdes.
A imunonutrição é um suporte válido para a terapia medicamentosa e o conselho é comer alimentos ricos em ingredientes ativos benéficos para o sistema imunológico ao longo do ano, para manter as suas defesas sempre válidas.
Imunonutrição: alimentos a serem integrados na dieta
1 – Arenque
Um peixe azul é rico em nutrientes, pois possui um excelente suprimento de ácidos gordos poliinsaturados essenciais (Ómega 3) e, especialmente, de ácido alfa-linoléico. O arenque fresco contém aproximadamente 216 kcal por 100 gramas.
2 – Carne
A carne é um alimento importante, pois contém muitos nutrientes úteis para a saúde (ferro biodisponível, proteínas nobres, zinco, selénio, vitamina B12, folato). É importante incluí-la na sua dieta, mas sem exagerar para não consumir muitas gorduras animais, o que pode ser prejudicial.
3 – Kiwi
O kiwi está entre as frutas mais ricas em vitamina C: 85 mg por 100 g contra 50 mg de laranja. Seria suficiente comer um por dia para satisfazer quase completamente a necessidade diária de vitamina C: a dose recomendada é de fato 60 mg/dia.
4 – Leite e derivados
O leite é um alimento importante porque lhe fornece minerais essenciais como cálcio e zinco: em 100 g de leite são 120 mg de cálcio e de zinco 0,37mg.
Além disso, ao escolher produtos desnatados, garante uma ingestão calórica não muito alta.
5 – Polvo
O polvo é um alimento de baixa caloria com apenas 70 kcal/100 gramas e, portanto, é perfeitamente adequado à sua dieta. Também é rico em sais minerais, especialmente potássio, cálcio, fósforo e zinco (5,1 mg por 100gr de produto comestível), mas também nas vitaminas A, B1 e ómega 3.
6 – Sardinhas
As sardinhas fazem parte da grande família de “peixes azuis“, que contêm gorduras semelhantes às dos vegetais, ou seja, caracterizadas principalmente por compostos “insaturados” e são ricas em ácidos gordos e ómega-3.
Distingue-se do biqueirão porque tem a boca em posição medial, enquanto o biqueirão, quando fechado, está virado para baixo.
7 – Atum
Atum é um peixe com excelentes valores nutricionais, porque ele é rico em proteínas, fósforo e vitaminas do grupo B. Também é uma excelente fonte de ómega 3. Sendo também baixo em calorias, é o alimento perfeito para quem deseja seguir uma dieta de perda de peso.
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