O corpo humano é composto de substâncias como proteínas, gorduras e DNA que, por sua vez, são compostas de moléculas com dezenas, centenas ou milhões de átomos ligados. Os seres humanos e outros organismos mantêm a sua estrutura e função através de reações químicas. Todas aquelas necessárias para sustentar o processo vital são conhecidas coletivamente como metabolismo.
Nessas reações químicas, moléculas maiores são degradadas em menores, enquanto as menores se juntam para formar moléculas maiores.
Para que uma molécula seja estável, ela deve conter a quantidade certa de eléctrons. Se a molécula perde um elétron num momento inadequado, torna-se um radical livre.
Os radicais livres são moléculas instáveis com carga elétrica que se formam dentro das células e podem reagir com outras moléculas (como o DNA/ADN) e danificá-las. Eles podem até provocar reações em cadeia, onde moléculas danificadas também se tornam radicais livres.
É aqui que os antioxidantes aparecem. Se uma molécula perde um elétron e se torna um radical livre, a molécula antioxidante fornece ao radical livre um elétron, neutralizando-o. Este é o mecanismo por trás dos antioxidantes. Eles doam eléctrons aos radicais livres, o que os cancela e os impede de causar danos.
Os radicais livres estão em constante formação durante o metabolismo. Sem antioxidantes, eles destruiriam o corpo rapidamente. No entanto, é importante ter em mente que os radicais livres também têm funções essenciais importantes para a sobrevivência. Por exemplo, as células imunológicas utilizam-nas para matar bactérias e prevenir infecções.
Mas, como na maioria dos elementos do corpo, é necessário um equilíbrio. Uma quantidade adequada de radicais livres e também uma quantidade igualmente adequada de antioxidantes são necessárias para mantê-los em níveis aceitáveis.
Quando esse equilíbrio é quebrado e os radicais livres superam os antioxidantes, pode levar a um estado chamado stress oxidativo. Quando isso acontece, moléculas importantes podem ser severamente danificadas, levando até a morte celular.
Vários fatores e maus hábitos promovem formação excessiva de radicais livres e stress oxidativo :
- Poluição ambiental.
- Fumo de cigarro.
- Toxinas.
- Níveis elevados de açúcar no sangue.
- Consumo de grandes quantidades de ácidos gordos poliinsaturados.
- Radiação, incluindo o excesso à exposição solar.
- Infecções de bactérias, fungos ou vírus.
- Consumo excessivo de ferro, magnésio, cobre ou zinco.
- Falta de oxigénio no corpo.
- Excesso de oxigénio no corpo.
- Exercício prolongado e intenso que causa danos aos tecidos.
- Consumo excessivo de antioxidantes, como vitaminas C e E.
- Deficiência antioxidante.
O stress oxidativo prolongado leva a um risco aumentado de problemas de saúde, como doenças cardiovasculares e certos tipos de cancros. Acredita-se também que contribua para o processo de envelhecimento.
Em resumo: o corpo precisa de um certo equilíbrio entre os radicais livres e os antioxidantes. Quando esse equilíbrio é quebrado, pode levar ao stress oxidativo, que causa todos os tipos de efeitos negativos.